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O trabalho de Fernando Carpaneda foi selecionado recentemente para duas bienais internacionais. As exposições acontecem no Museu de Arte Heckscher, em Nova York, e no Museu de Arte de Kenosha, em Wisconsin. A cidade de Kenosha está localizada entre Chicago e Milwaukee, na margem do lago Michigan. A bienal de Long Island, será realizada pelo museu de arte Heckscher, que apresenta obras produzidas por artistas visuais contemporâneos dos condados de Nassau e Suffolk em Nova Iorque.
Fernando Carpaneda, desenvolve há décadas sua pesquisa em diversas linguagens. Vai da escultura à pintura, do desenho à gravura, e, decididamente é um artista de múltiplas facetas. A sutileza de suas obras é uma de suas maiores virtudes já que trata de maneira muito delicada de tabus sociais de relevância, muitas vezes densos, ligados ao universo punk/ underground ou aos contextos lgbtqi+. Tratam de exclusão, pertencimento, discriminações racial, de gênero e social e sobretudo, nesse momento, de antifascismo. Num mundo de exclusão, a arte se propõe a encontros. Não importa quem você é, qual sua idade ou quão inovador perante a sociedade. Fernando destaca pessoas comuns, corpos naturais e reais e isso nos aproxima muito de sua.obra e, consequentemente de nós mesmos.
Rogério Carvalho
Curador
O artista Fernando Carpaneda foi selecionado para a Bienal de Long Island 2022, no Museu de Arte Heckscher em Nova Iorque. A Bienal de Long Island 2022 apresenta obras de arte de 57 artistas contemporâneos de todos os condados de Nassau e Suffolk.
Fernando Carpaneda desenvolveu desde o início de sua criação artística uma tendência a mostrar sua erotização em particular com o corpo masculino. Parte do cotidiano de cada um de nós, a sexualidade oprimida, silenciada, em Carpaneda é explicitada e põe em diálogo aberto os universos interiores e exteriores. Artistas consagrados já trabalharam o tema de forma sutil ou mesmo exagerada. Michelangelo Buonarrotti, no teto da capela Sistina pintou um Cristo musculoso, homem desenvolvido, pintou um Deus grande dando vida a um homem também já adulto e esculpiu um Davi heroicamente másculo, como másculo também foi seu Escravo Moribundo. Caravaggio utilizou formas delicadas, atraentes e sedutoras no seu Baco. Passados alguns séculos Tom of Finland trouxe de forma mais explícita em sua arte a erotização mostrando homens camponeses, fazendeiros, lenhadores, trabalhadores da construção, policiais, marinheiros e outros, com corpos à mostra, nus ou seminus, e com enormes pênis. Mas uma aura de romantismo permeia seu trabalho, ainda que se mostre por vezes revestido de elementos do inconsciente proibido: o couro. Brad Rader em seus desenhos e o polonês ULF, com seus homens criados em computador, são absolutamente mais ousados e colocam à vista não só falos eretos mas ainda orgasmos efetivados e cenas instantâneas de desejo e violência. Estes artistas proclamaram uma elegia aos prazeres e aos corpos, em sua maioria, grandes e musculosos. Carpaneda, utilizando-se do seu campo material, mostra em sua arte homoerótica, homens comuns, das ruas, de suas experiências pessoais. Assim, emergem em suas esculturas, punks, mendigos e homens distantes modelos imaginados. Em suas telas, alguns se libertam de tijolos, em suas esculturas da fase expressionista eles se misturam uns aos outros e saltam do bidimensional e em suas esculturas mais contemporâneas, a assemblagem expõe diretamente seus personagens através de partes reais: pontas de cigarro usadas, pelos naturais, pedaços de roupa, de cabelo, saliva, sangue e até mesmo o esperma trazem às obras mais concretização e realismo em sua arte, não necessitando assim de simples idealizações pois o diálogo é em tempo real e fica estático, à mostra. Aqui o sexo tem cor, tem cheiro, tem textura e tem volume. Michelangelo está para Thomas Mann, Proust e Oscar Wilde, esteta convicto na literatura, assim como Carpaneda está para Pasolini, Jean Genet, Artaud, Masoch e mesmo Sade, o marquês. Fernando coloca em suas esculturas o sabor da vida que corre nas ruas quando as ruas dormem. É o doce da busca, da procura, do achado e o amargo e o dissabor da dor, do gozo em silêncio, do desejo casto castrado, do reprimido, quando propõe também um embate ferrenho do tesão versus a religião (leia-se aqui Charlie, um de seus bonecos de versão baseada em ícone católico brasileiro) . Fernando não se incomoda em mostrar aquilo que sente e o que pensa porque é aí que se encontra sua arte. Sua sexualidade não delimita espaços nem personagens. Roqueiros, padres, policiais, alternativos, taxistas, fashionistas, mendigos, viciados, garotos de programa, travestis, transexuais, transgêneros, magros ou gordos, lisos ou peludos, nus, seminus, com seus pênis eretos ou não, com seu orgasmo vindouro, iminente ou já deflagrado. Qualquer homem pode ser encontrado e reconhecido em suas esculturas, pois todos fazem parte de seu cotidiano e do nosso, por mais que tentemos não ver. Para nossa graça, a arte sacra e profana de Fernando Carpaneda já aparece entre renomados artistas internacionais constando no livro “Treasures of Gay Art”, ao lado de Andy Wharol, Robert Mapplethorpe, Keith Haring, Jean Cocteau entre muitos outros.
Que apreciem, os que têm bons olhos!
Nelson Baco
Poeta e professor de Artes
O artista participou de importantes exposições internacionais entre elas "ON OUR BACKS: The Revolutionary Art of Queer Sex Work" no museu Leslie Lohman em Nova Iorque.
Os trabalhos do artista plástico Fernando Carpaneda foram exibidos dia 18 de Junho de 2012, em gigantescas telas brilhantes de LED na Times Square durante a abertura da exposição ART TAKES TIMES SQUARE. A escala da exposição foi extraordinária e vista por mais de meio milhão de pessoas.
Fernando Carpaneda participou de inúmeras exposições na galeria do CBGB em Nova York. Entre elas: Back to the Bowery, The Bowery Electric Festival. A Tribute to Joey Ramone and Vinnie Wartlip Retrospective.
"O Anjo de Butes: Uma vida de tintas, sexo e rock'n'roll" é a autobiografia de Fernando Carpaneda, artista plástico brasileiro radicado em Nova Iorque, lançada recentemente nos Estados Unidos e que cai como uma bomba no meio artístico mais conservador do Brasil e exterior. O livro conta a trajetória de um artista punk, saído de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, e que encontra fama e reconhecimento mundial após expor na Galeria do CBGB. Fernando descreve em detalhes sua vida no submundo das grandes metrópoles (Brasília, São Paulo, Londres e Nova Iorque), seu relacionamento com as drogas e suas experiências amorosas e sexuais. Tudo regido por uma trilha sonora que vai de Ramones a Boy George. André Pomba, secretário estadual de Direitos Humanos e Diversidade do PV. Jornalista e produtor cultural histórico em São Paulo, afirma no texto de apresentação que é "ótimo saber de como os habitantes noturnos de São Paulo (a verdadeira paulicéia desvairada vive à noite) o adotaram. Como, por exemplo, a travesti Geórgia, que ele conheceu e conviveu ainda quando era o garoto Henrique, habituè da cena clubber paulistana dos anos 90; bem como os lugares que eles frequentavam: Retrô, Madame Satã, Treibhaus e Massivo; e também a relação de amor e ódio que ele sente por Brasília e vice-versa. Algo que lembra a um road movie, a um Sid e Nancy tupiniquim sem um trágico final, apesar de por vezes ter chegado perto disso. Tudo é escrito de uma forma a achar que um dia será chegada a hora do juízo final deste reencontro e que muitos capítulos ainda serão escritos." Sem sombras de dúvidas, "O Anjo de Butes" incomodorá muita gente ligada a cultura na capital do país e a principalmente aos leitores mais moralistas e preconceituosos. O livro traz uma novidade: os leitores poderão escolher entre duas versões de capa uma com Carpaneda nu e uma com uma de suas obras. O livro de 240 páginas e ilustrado com 26 obras do artista. (esculturas pinturas)
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